Quem sou eu

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Estudos mostram que passar horas malhando pode até engordar


"Mais uma pesquisa comprovando que uma maior quantidade de exercícios e ou duração, não significa melhores resultados. Sendo assim quantidade não é sinônimo de qualidade." 
Abração.
Profº Thiago




Aumento da secreção do hormônio Grelina desperta a sensação de fome.
Treinos intervalado de alta intensidade são indicados para evitar o problema.


Folha.com
Se já é chato perceber que as longas horas passadas na academia não consumiram um grama do seu peso, descobrir que o treino pode engordar é péssimo.

A pior hipótese foi comprovada na Universidade de South Wales, na Austrália. O estudo conduzido pelo médico Steve Boutcher, do programa de pesquisas em exercícios, comparou dois grupos de 45 mulheres com 20 anos e um pouco acima do peso.

As do grupo que fez um treino curto (20 minutos) de alta intensidade na bicicleta perderam em média 2,5 quilos em 15 semanas. As que treinaram por 40 minutos, pedalando em velocidade regular e contínua, ganharam 500 gramas no período.

Outro trabalho, da Universidade do Oeste da Escócia, comparou os resultados obtidos com o treino curto intenso e o tradicional, longo e moderado, em 57 adolescentes, concluindo que o segundo leva sete vezes mais tempo para reduzir a gordura.

Para ter uma amostra maior, pesquisadores do Waikato Institute of Technology e da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, juntaram 22 estudos sobre o tema. O levantamento mostrou que a perda de gordura é até duas vezes maior na atividade de alta intensidade feita por curtos períodos.

Há dois anos, o advogado Sergio José dos Santos, 38, combinou boca fechada com treinos curtos e intensos para perder 20 dos 106 quilos que tinha na época. Atingiu seu objetivo.

Já mais magro, o advogado mudou a maneira de malhar: começou a passar várias horas na academia, fazendo exercícios menos puxados de forma contínua, por um tempo maior.

"Eu gostava, saía muito disposto. Mas comecei a ganhar peso de novo. Parece que você se acostuma com o exercício, e o organismo estoca gordura de qualquer coisa que você come", diz ele, que há 20 dias voltou aos treinos de menor duração e maior intensidade. "Já estou emagrecendo", afirma.

A malhação mais longa e moderada pode ser engordativa porque deixa a pessoa com muito mais fome quando acaba de treinar, levando-a a exagerar na comida sem perceber.

Mais Fome

Cientistas da Universidade de Munique sugerem que a culpa é do aumento da secreção de um hormônio chamado grelina, que desperta a sensação de fome no cérebro. Eles identificaram que a secreção desse hormônio aumenta bastante na atividade de longa duração. Nos treinos curtos, os níveis de grelina permanecem estáveis: aquela vontade de enfiar o pé na jaca não é despertada depois do exercício.

"O treino intervalado de alta intensidade queima muito mais gordura do que ficar horas na esteira em atividade moderada", diz o professor de educação física Carlos Klein, da consultoria Movimente-se, de São Paulo.

Treino o quê? Intervalado, porque combina o exercício feito por alguns segundos quase no limite da capacidade máxima da pessoa (um "tiro" de corrida, por exemplo), seguido de descanso por mais ou menos o dobro de tempo.

Na pesquisa neozelandeza, foram pedaladas rapidíssimas por oito segundos, seguidas de 12 segundos de descanso.

A disputa para definir qual tipo de treino queima mais gordura não é nova. Até pouco tempo, a conclusão era a oposta: ficar mais tempo se exercitando em intensidade moderada era o canal para emagrecer.

Isso porque, como a gordura é fonte de energia lenta, seria preciso treinar mais e em menor intensidade para usá-la como combustível.

Na atividade de alta intensidade, a gordura também é mobilizada, só que em menor proporção comparada aos carboidratos. Mesmo assim, o gasto total é maior, diz Mauro Guiselini, mestre em educação física pela USP.

A estratégia para treinar quase à exaustão é intercalar atividade e descanso. "Ninguém aguenta muito tempo", diz Saturno de Souza, diretor-técnico da Bio Ritmo.

A vantagem é que, assim, a queima de gordura continua por mais tempo no pós-exercício, segundo Guiselini.

"Para perder um quilo você precisa gastar 7.000 calorias a mais do que as consumidas", diz o médico Turíbio Leite de Barros, da Unifesp.

"O aluno come bolo de chocolate com chantili, mas o prejuízo não se paga em duas horas de esteira."

Um erro clássico é fazer horas de aeróbico, nada de musculação e eliminar carboidratos da dieta. "Aí o corpo usa proteína como fonte de energia e perde massa muscular. Qualquer carboidrato ingerido será transformado em gordura", diz Guiselini.

Leite de Barros diz que o treino intervalado e intenso é menos monótono do que o "devagar e sempre".

Outra vantagem, para o ator Gustavo Fernandes, 34, são os resultados. "Passar horas na academia não funcionou para mim." Há nove meses, faz o treino curto e focado, três vezes por semana. "Estou quase no peso."

O arquiteto Reynaldo Rosemberg, 44, tem experiência semelhante. "Eu treinava cinco vezes por semana, ficava uma hora na esteira. Agora, faço aeróbico de 20 minutos e perco muito mais calorias."

Muito bom, mas se esse treino emagrece mais, também machuca mais: aumenta o risco de tendinite, lesão articular, inflamações. "Na velocidade, é mais comum a pessoa fazer o exercício na postura errada, prejudicando toda a organização do corpo", alerta Leite de Barros.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Idosos precisam treinar mais para se manter em forma

Indivíduos com mais de 60 anos têm mais facilidade de perder musculatura.


Um estudo publicado na Medicine & Science in Sports & Exercise revelou que quanto mais idade uma pessoa tiver, mais ela terá que malhar para manter os seus músculos. A análise foi liderada pela University of Alabama, em Birmingham, na Inglaterra.

A pesquisa recrutou 70 participantes adultos, sendo 39 deles com idade entre 60 e 75 e 31, entre 20 e 35. Nos quatro primeiros meses de estudo, todos fizeram os mesmos exercícios três vezes por semana. Na segunda fase, foi analisada quanta musculatura era perdida por inatividade ou diminuição da frequência dos exercícios.

Ao final da análise, as diferenças foram notáveis. Os resultados apontaram que o grupo mais jovem que diminuiu a prática de exercícios mostrou pouca ou nenhuma redução na musculatura. Já os membros do outro grupo perderam parte de sua massa muscular ao reduzir os treinos.

Segundo os pesquisadores, a perda da musculatura conforme a idade avança é um dos processos mais desafiadores da biomedicina. Entretanto, manter-se ativo com exercícios, como o de levantamento de peso, é a melhor forma de se prevenir.

Prepare-se para a terceira idade

O envelhecimento ativo prioriza não só a parte física, a do movimento, mas também as atividades sociais, profissionais e afetivas. Por isso, para saber como chegar com saúde e viver plenamente a terceira idade confira as quatro dicas a seguir:

Cuide da sua alimentação: as evidências de que a obesidade está relacionada com a aceleração do envelhecimento e com a redução da expectativa de vida das pessoas já são certezas científicas. O aval para o seu aparecimento depende muito do ambiente em que o indivíduo vive, abrangendo seus hábitos de vida e sua alimentação.

Pratique atividades físicas: com a prática regular de exercícios físicos, o indivíduo emagrece, aumenta a sua força muscular, melhora a sua capacidade respiratória e, consequentemente, previne ou controla diversas doenças. Sozinha, a atividade física não garante a longevidade, mas certamente fortalece o organismo e colabora para elevar a expectativa média de vida de uma população.

Conviva bem com a sua própria imagem: quem vive tenso produz mais radicais livres, substâncias tóxicas responsáveis pela maioria dos sinais de envelhecimento, incluindo catarata, cabelo grisalho, pele seca, rugas e alguns tipos de câncer. Portanto, aquele que aceita com bom humor as mudanças do tempo e cuida da aparência, sente-se mais confiante, conquista a admiração das pessoas ao redor, melhora sua qualidade de vida e vive mais.

Crie um ambiente favorável à sua volta: a auto-estima e a vaidade estão diretamente ligadas às relações sociais. Quem só fica em casa, não tem motivação para se cuidar. É preciso arrumar uma desculpa para se arrumar. Para conquistar a longevidade, a ligação afetiva com o outro também é fundamental, seja com um companheiro ou mesmo com um grupo de amigos. O ser humano é sociável, precisa interagir com outros indivíduos.

terça-feira, 26 de julho de 2011

“Atletas de farda” fazem Brasil vencer Jogos Militares

Manter atletas nas fileiras militares é prática comum em todo o mundo.
China ficou em segundo lugar no Rio-2011.



Folha.com
Com 40 de suas 45 medalhas de ouro obtidas por atletas de alto rendimento incorporados pelas Forças Armadas, o Brasil ficou no topo do quadro de medalhas dos Jogos Mundiais Militares, encerrados neste domingo no Rio.

Na edição anterior, o país terminou em 31º lugar. O Ministério da Defesa não fez nenhum segredo: a intenção era evitar um vexame como anfitrião. Por isso, lançou editais de incorporação para manter 350 atletas de elite nos quartéis até 2016.

Se só as conquistas dos militares profissionais fossem consideradas, o Brasil encerraria o evento em nono lugar. Os brasileiros conquistaram 45 ouros, 33 pratas e 36 bronzes. Os recrutados foram responsáveis por 40 ouros, 29 pratas e 28 bronzes.

O maior medalhista da competição foi o nadador Gabriel Mangabeira, com cinco ouros --nos 50 m e 100 m borboleta e costas e no revezamento 4 x 100 m medley-- e uma prata no 4 x 100 m livre.

Manter atletas nas fileiras militares é prática comum. De acordo com o Conselho Internacional do Esporte Militar, 44% dos medalhistas dos Jogos de Pequim-2008 eram militares. A China não foi contabilizada na estatística por não revelar quantos atletas olímpicos treinam nas Forças Armadas.

No Rio-2011, a China ficou em segundo lugar, com 37 ouros, 28 pratas e 34 bronzes. O país também teve a segunda maior medalhista, a nadadora Jiao Liuyang, que é oficial do Exército chinês.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Malhar de estômago vazio não ajuda a queimar gordura, diz estudo

Revisão sobre o assunto foi publicado no "Strength and Conditioning Journal".
Exercitar-se em jejum pode inclusive prejudicar a saúde.

Folha.com
Malhar enquanto se passa fome pode ir contra a sabedoria convencional, mas muitos atletas e "ratos de academia" fazem força com o estômago vazio, acreditando que dessa maneira irão queimar mais gordura.

O conceito, defendido em livros populares de condicionamento físico na última década, dita que o ato de exercitar-se com o estômago vazio força o corpo a buscar combustível nos depósitos de gordura acumulada em vez de correr atrás dos carboidratos mais facilmente disponíveis depois de um almoço ou lanche pré-malhação.

Mas, embora isso pareça fazer sentido, pesquisas mostram que exercitar-se desse jeito não oferece nenhum benefício, podendo inclusive trabalhar contra a saúde.

Após anos de revisão de pesquisas sobre o assunto, um relatório publicado nesse ano no "Strength and Conditioning Journal" concluiu que o corpo queima basicamente a mesma quantidade de gordura, desconsiderando se você se alimentou ou não antes do exercício. Porém, você pode perder musculatura fazendo esforço em um estado de esgotamento e, sem o combustível necessário para apoiar esse esforço, a intensidade do exercício e a queima global de calorias podem sofrer redução.

Uma das pesquisas revisadas para o relatório examinou ciclistas quando treinavam depois de comer e quando treinavam em jejum. Quando treinavam sem nada em seus estômagos, aproximadamente 10% das calorias queimadas vinham de proteínas, incluindo perda muscular.

Em uma outra pesquisa publicada em 2002, cientistas descobriram um benefício adicional de uma refeição pré-malhação: mulheres saudáveis que consumiam 45 gramas de carboidratos antes de seu exercício acabavam comendo menos durante o restante do dia.

Do "The New York Times"

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Exercícios baseados em atividades cotidianas auxiliam atletas de todas as idades

Boa tarde leitores segue abaixo uma matéria extraida do CorreioWeb.com.br, que eu achei muito interessante.
Ótima semana e boa leitura.

Melhora da performance não é exclusiva dos atletas.
Princípios do treinamento funcional são usados desde a Grécia Antiga.


Agilidade, mobilidade, força e resistência são as principais habilidades trabalhadas no treinamento funcional. Ao contrário da musculação, que foca grupos específicos de músculos, nesse tipo de exercício, o corpo todo é envolvido, principalmente seu centro — costas, abdômen e laterais. “Ele permite trabalhar movimentos variados, saindo das séries previsíveis”, ressalta o instrutor Frederico Nobre. A modalidade ganha, aos poucos, o ambiente das academia, mas, desde a década de 1990, integra o treinamento dos atletas profissionais.

Os exercícios são bem diferentes e variados. “Trabalhamos movimentos livres usando o peso do corpo, halteres, agachamento, TRX — elásticos suspensos —, bolas, discos de equilíbrio, cordas e barreiras”, explica a professora de educação física Annamaria Lopes. A ideia do exercício é se adaptar ao objetivo de cada um, o que o torna ideal para variados tipos de pessoa, de atletas de alto rendimento a idosos com dificuldades de realizar tarefas rotineiras.

No Esporte Clube Pinheiros, onde treinam, por exemplo, o nadador César Cielo e a ginasta Daiane dos Santos, essa atividade é usada na fase de treinamentos gerais. Gustavo Drago, preparador físico da natação, explica que os atletas passam por três tipos de preparação: os treinos gerais, que não têm relação próxima com o esporte praticado, os treinos especiais, que são específicos para cada esporte, e os treinos competitivos, que dizem respeito ao esporte em si. “Usamos esses exercícios para a prevenção de lesões. Eles, com certeza, devem fazer parte do projeto de cada atleta, mas não norteiam o treinamento”, diz.

Corrida e bicicleta

O lutador de boxe chinês e estreante no MMA (mixed martial arts, em inglês) Daniel Dionísio, 30 anos, faz o treinamento funcional desde 2001 para ganhar resistência e força. Ele acrescenta: “A grande vantagem é que trabalha muito o equilíbrio, extremamente necessário para dar golpes. Tive um ganho de consciência corporal enorme”. Para Frederico Nobre, essa é um dos objetivos da atividade: “Você fica com o corpo mais inteligente. É um trabalho de base para complementar o treinamento esportivo como um todo”.

As séries são elaboradas de acordo com a modalidade praticada e com os objetivos do atleta. Tudo isso priorizando o movimento em si e a respiração. A triatleta Mariana Franco, 27 anos, começou há quatro meses o treinamento funcional por indicação de professores de educação física e já percebe a diferença: “Ajudou muito, tanto na natação quanto na corrida e na bibicleta. Os exercícios são específicos para aumentar minha resistência nas provas”.

Saiba mais

Com a ciência, o treinamento funcional foi evoluindo ao longo dos anos. “Antigamente os treinadores usavam os métodos fracionados, mas aos poucos foram percebendo que isso não coincidia com o esporte”, explica o preparador o Pinheiros, Gustavo Drago. A nomenclatura “treinamento funcional” é usada mais nas academias. No âmbito esportivo, esse tipo de exercício é mais conhecido como profilático ou preventivo.

Embora os princípios do treinamento funcional sejam usados desde a Grécia Antiga para melhorar o desempenho dos atletas, há quem se aproveite dele para ganhar músculos e manter-se bem fisicamente. “Ele tem um aspecto lúdico e não é nada monótono, porque pode ser feito de diversas formas”, explica Frederico Nobre.

Daniela Kniggendorf, 43 anos, é uma das que optou pela atividade para complementar seus treinos na academia. “Gosto muito de comer, mas não quero engordar, então vou seis vezes por semana na academia, sendo duas vezes para o treinamento funcional”, conta. Ela — que dançou balé por 11 anos, nadou por 12 e pratica tênis — aproveita a atividade para envelhecer com saúde: “A gente usa o corpo inteiro, assim ele não vai atrofiar com a velhice”. Daniela, no entanto, adverte: “O treinamento funcional é muito difícil e desgastante. Exige equilíbrio e concentração. Para quem tem preguiça, melhor não tentar”. Ela aproveita os exercícios, também, para fortalecer o joelho que lesionou jogando tênis. “Traz um bem enorme”, reforça.

Por Mariana de Paula

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Brasil consome 55% de toda sibutramina produzida no mundo

Olá leitores, hoje após ler essa matéria no jornal Folha.com, acabei ficando muito revoltado, cada vez mais as pessoas querem mais resultados sem ao menos sequer fazer um mínimo esforço. E ainda, com a grande ilusão de que estão fazendo um bem para sua saúde.
Não há milagre para emagrecer, mas sim força de vontade e muito treino. A melhor droga do mundo é o oxigênio, não perca tempo e abuse dele.

Abraços, Profº Thiago


  
Folha.com


Anvisa deverá decidir até agosto se irá permitir ou proibir o uso de sibutramina.
Europa, Estados Unidos e outros países da América Latina já proibiram o medicamento.

O Brasil consome cerca de 55% de toda a sibutramina (inibidor de apetite) produzida no mundo. Esse é um dos dados que pesam para a avaliação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que estuda retirar do mercado o inibidor de apetite. O presidente da agência, Dirceu Barbano, citou as informações levantadas por instituições internacionais, que apontaram a produção de 9,7 toneladas do medicamento em 2009. O Brasil foi responsável pelo consumo de aproximadamente 5 toneladas, enquanto os Estados Unidos, que têm grave problema de saúde pública por conta da obesidade da população, consumiu somente 170 kg de sibutramina. A Anvisa deverá decidir até agosto se irá permitir ou proibir o uso de sibutramina. A agência faz hoje o último debate sobre a eficácia e a segurança dos remédios inibidores de apetite. Como a Folha adiantou hoje adiantou, a Anvisa deverá banir o medicamento do mercado brasileiro, decisão que já foi tomada pela Europa, Estados Unidos e diversos países da América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, México, Panamá e Uruguai). No ano passado, um estudo apontou riscos de uso da sibutramina para pacientes com risco de problemas cardiovasculares. A pesquisa serviu de base para a decisão da Europa e para vários outros países. Além da sibutramina, a Anvisa estuda retirar do mercado drogas com derivados de anfetamina, substâncias com efeito anorexígeno que agem no sistema nervoso central.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Treino forte e rápido queima mais gordura do que exercícios amenos e demorados

Colégio Americano de Medicina do Esporte conseguiu demonstrar que a intensidade do exercício pode superar a duração em matéria de queima de gordura.


Revista Época.com

Enquanto as academias de ginástica prometem resultados de capa de revista e as estatísticas de obesidade no planeta só crescem, a ciência tenta entender por que tanta gente malha, malha e não emagrece. Uma hipótese que tem recebido atenção dos especialistas é que talvez essas pessoas façam exercícios fáceis demais. Diversos estudos nos últimos anos sugerem que economizar na duração do exercício e apostar na intensidade pode ser mais eficiente do que o “devagar e sempre” recomendado pelos órgãos de saúde.

Entre as atividades físicas mais indicadas pelos médicos estão a caminhada, a corrida, a natação e a pedalada, classificadas como aeróbicas, por aumentar o uso de oxigênio na produção de energia. O que normalmente se diz é que, para emagrecer, é preciso fazer esses exercícios por mais de meia hora, pois só depois de uns 20 minutos o corpo passaria a usar a gordura como principal combustível. Mas essa convenção vem sendo contestada. O pesquisador Luiz Carlos Carnevali Jr., que acaba de lançar o livro Exercício, emagrecimento e intensidade do treinamento, diz que essa é uma meia verdade. “Para usar mais gordura durante o exercício, é preciso um esforço prolongado”, diz ele. “Mas, se o esforço for suficientemente intenso, a gordura será usada do mesmo jeito, depois do exercício.” Carnevali sustenta que a prática frequente de esforço físico intenso produz alterações metabólicas que explicam essa transformação.

SEM PARAR 
Terezinha de Oliveira mostra, numa academia de São Paulo, os exercícios que a fizeram perder 13 quilos em dez semanas. Durante 30 minutos, ela intercalava exercícios aeróbicos, como a pedalada, com musculação e ginástica sem intervalos. "Era bem intenso", diz

Mesmo sem se debruçar sobre as explicações moleculares, um estudo publicado em 2008 na revista do Colégio Americano de Medicina do Esporte conseguiu demonstrar que a intensidade do exercício pode superar a duração em matéria de queima de gordura. Divididas aleatoriamente em três grupos, mulheres com obesidade abdominal (circunferência acima de 80 centímetros) fizeram caminhada ou corrida ao longo de 16 semanas. O primeiro grupo se exercitou cinco vezes por semana, com intensidade moderada, em sessões de aproximadamente uma hora. O segundo grupo se exercitou intensamente três vezes por semana, em sessões mais curtas, mas alcançando o mesmo gasto calórico do primeiro grupo (400 calorias) durante as sessões. O terceiro grupo não fez nada. No final, as mulheres que fizeram exercícios intensos tinham perdido muito mais gordura abdominal do que as que fizeram exercícios moderados pelo dobro do tempo (leia o quadro abaixo). A classificação de intenso ou moderado foi dada pela percepção de esforço das participantes no estudo. As mulheres do exercício moderado afirmavam estar ligeiramente cansadas no final da sessão, enquanto as do grupo da corrida puxada diziam estar cansadas ou muito cansadas. Se estivessem usando medidores de frequência cardíaca, o primeiro grupo estaria com batimentos entre 65% e 75% da capacidade máxima e o segundo mostraria batimentos acima de 85% da capacidade máxima.

Quando a intensidade é maior, a duração é inevitavelmente menor, pois os recursos orgânicos disponíveis para manter o esforço simplesmente se esgotam. E essa parece ser a vantagem de trocar a duração pela intensidade. Para o pesquisador Arthur Weltman, da Universidade de Virgínia, um dos responsáveis pelo estudo, a explicação para o efeito emagrecedor do exercício curto e intenso está no período de recuperação. “Não devemos levar em conta apenas as calorias efetivamente gastas durante o exercício”, diz Weltman. “Quando o exercício é intenso, o corpo precisa de muitas calorias para se recuperar. É nesse momento de recuperação que ele queima mais gordura.” Um dos responsáveis por isso parece ser o hormônio de crescimento, que estimula a queima de gordura e cuja produção é aumentada pelo esforço físico. Quanto mais intenso o exercício, mais hormônio do crescimento é liberado. Quando o exercício é moderado, quando não “perturba” o organismo, explica o pesquisador, a recuperação não requer tanta energia.


Foi preciso que Terezinha de Jesus de Oliveira perturbasse muito seu sistema energético para perder 13 quilos em dez semanas. Até então, ela fazia ginástica leve, sem resultados. “Eu fazia as aulas sem suar muito. Se ficasse um pouco cansada, já estava bom”, diz. O quadro mudou quando um professor a convenceu a participar de um programa especial de emagrecimento. Ela teve de suar para valer em circuitos de 30 minutos (metade do que duravam as aulas que costumava frequentar) que intercalavam ciclos de 3 minutos de exercícios aeróbicos com musculação e ginástica. O revezamento mantinha a frequência cardíaca sempre alta. “Era corrido, rápido e intenso”, diz Terezinha. “Eu saía de lá achando que não voltaria, mas acabei gostando por causa dos resultados. Saí da zona de conforto.”

Alguns treinadores apostam no desconforto como parâmetro para suas aulas. Segundo o personal trainer José Alexandre Filho, seus alunos frequentemente são levados a sentir “o coração batendo na traqueia”. “É assim que a gente prepara para uma oxigenação melhor”, diz José Alexandre. Para Julio Cezar Papeschi, dono de uma academia na Zona Norte de São Paulo, as pessoas às vezes vomitam de exaustão e, claro, nem todos se adaptam. Mas a ideia de perder o dobro do peso na metade do tempo tem apelo numa cidade onde sobram tentações calóricas e faltam horas nos dias de todo mundo. “Intensidade é a palavra do momento”, diz o empresário e professor de educação física. “Os alunos chegam aqui com uma cultura de pouco esforço, mas muitos mudam.”

Antes de se aventurar no mundo dos elevados batimentos cardíacos é necessário consultar um médico e avaliar, por meio de exames, o que sua saúde é capaz de suportar. O indicado é começar devagar e intensificar o treino algumas semanas depois, quando o corpo estiver condicionado.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O que é um Corpo Perfeito para você?

Até onde vai a vaidade do ser humano e a influência da mídia na vida das pessoas?


Olá amigos leitores estou novamente aqui após alguns dias sem postagens para tratar de um assunto que inclusive gerou muito interesse e polêmica em minha aula de hoje na academia.
O que é um corpo perfeito para você? Até onde vai a vaidade do ser humano e a influência da mídia na vida das pessoas?
Essa busca incessante pelo corpo perfeito tem deixado milhares de pessoas com graves problemas psicológicos, distúrbios alimentares, anorexia, bulimia, entre outros.
Já sabemos o quanto é importante para nossa saúde em manter uma vida ativa com a prática regular de exercícios, mas isso acaba sendo bem mais complexo e preocupante quando nos deparamos com a influência negativa imposta pela mídia, pela moda e até mesmo por alguns se é que eu posso dizer “Profissionais da Saúde” onde se utilizam de duas palavras extremamente complexas de serem entendidas quando juntas:  Corpo Perfeito.
O conceito de corpo perfeito, na verdade, cada um idealiza a seu modo e preferência pessoal variando conforme o país, o estado e até mesmo de bairro para bairro, renda e classe social. Mesmo porque o modelo propagado é inacessível para a maioria da sociedade.
Cada vez mais a sociedade esta presa a esta ditadura da cultura corporal, pessoas deixam de lado a preservação da saúde para a preservação da beleza, onde agridem seus corpos com drogas altamente prejudiciais e insistem e desrespeitar seus limites e constituições físicas.
Temos que lembrar que o importante é manter seu corpo em pleno equilíbrio, para assim conseguir adquirir a sua perfeição idealizada, sempre respeitando suas características físicas.
Ou seja, corpo perfeito é aquele que esta em pleno funcionamento físico, psíquico e social.

Profº Thiago Julião de Moraes
       CREF 074342-G/SP

domingo, 15 de maio de 2011

Atividade física pode reduzir chances de desenvolver Alzheimer


Um estudo da Universidade de Washington aponta que pessoas que praticam atividade física têm menos chances de desenvolver o Alzheimer. Em seis anos de pesquisa, dos 158 participantes do estudo, 107 desenvolveram a doença. As pessoas que se exercitavam 3 a 4 vezes por semana apresentavam um risco 40% menor de desenvolver o Alzheimer.
A explicação específica do efeito positivo que o exercício físico exerce para evitar a doença ainda não foi detectada. O que se descobriu no estudo é que o exercício físico não interrompe a progressão da doença, mas indivíduos com Alzheimer se beneficiam dos efeitos cognitivos e físicos de um programa de exercícios regular. Outra pesquisa feita com cerca de 4 mil pessoas, de ambos os sexos, descobriu uma redução de 30% do risco de desenvolver a doença de Alzheimer nos indivíduos que faziam atividade física regular.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Obesidade é 'contagiosa' entre amigos e familiares, sugere pesquisa

Pressão social e mudança de comportamento acabam levando o indivíduo a comer cada vez mais até ganhar peso.
 
Veja.com
A obesidade pode ser contagiosa. Segundo estudo realizado por pesquisadores da Universidade do Arizona, pessoas com muitos amigos ou parentes obesos correm mais riscos de ficarem acima do peso. Isso se deve a fatores psicológicos, que levam a mudanças de hábitos e do comportamento alimentar.

De acordo com a pesquisa, publicada no periódico científico American Journal of Public Health, a amizade com pessoas obesas pode fazer com que se encare o problema como algo natural. Assim, o indivíduo, ainda magro, acaba comendo cada vez mais, até alcançar um corpo similar ao de seus colegas.

Outro fator levantado pela pesquisa é que amigos obesos acabam fazendo uma “pressão psicológica” para que os colegas mais magros comam mais – e engordem. Ainda conforme o estudo, até mesmo a rotina social dos obesos, que valorizam programas gastronômicos ou sedentários, como assistir à TV, pode levar ao ganho de peso.

Para chegar aos resultados, foram avaliadas 101 mulheres e 812 pessoas que eram próximas a elas. Ao analisar o índice de massa corporal (IMC) das voluntárias e das amigas, a equipe de cientistas descobriu que, quanto mais colegas acima do peso uma mulher tem, maiores os riscos dela também se tornar obesa.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Exercício intenso provoca mais queima de calorias após treino

Estudo utilizou "câmara metabólica" para medir o gasto calórico.
Pesquisadora se surpreende com a quantidade de calorias queimadas após os exercícios.
 
Folha.com
 
Dependendo para quem se faz a pergunta, a resposta a esta questão tanto pode ser um dos maiores mitos dos exercícios físicos ou uma das grandes verdades menosprezadas: existe mesmo um efeito de queima de calorias adicionais após a malhação?

É uma questão antiga saber se o metabolismo acelera ou não durante horas após o exercício físico. O tema foi estudado pela primeira vez há um século e, ao longo dos anos, estudo após estudo, a ideia tem sido testada com resultados ambíguos.

Alguns pesquisadores não encontraram efeitos após o exercício. Outros relataram efeitos tão pequenos que mal eram perceptíveis --um deles descobriu que triatletas masculinos queimavam apenas entre 12 e 30 calorias a mais após se exercitarem. Já outros constataram até 700 calorias adicionais gastas depois de uma longa e exaustiva sessão de ginástica.

A última investida vem de uma investigação recente relatada pela publicação "Medicine & Science in Sports & Exercise". A autora principal, Amy A. Knab, da Appalachian State University, afirma que seu estudo é superior aos anteriores em função de um projeto cuidadoso. E os resultados são boas novas mais ou menos.

Knab e seus colegas recrutaram dez homens, com idades entre 22 e 33 anos, que aceitaram passar dois períodos de 24 horas numa câmara metabólica, uma saleta que mede o gasto calórico de quem está dentro dela. Nem todos os homens eram atletas, mas precisavam ser capazes de pedalar uma bicicleta com vigor.

Na primeira visita à câmara, eles tinham de permanecer completamente parados, sentados numa cadeira e movendo apenas os músculos ligados à alimentação introduzida por meio de uma câmara de compressão. À tarde, eles podiam se alongar durante dois minutos por hora. Eles deveriam dormir às 22h30. Às 6h30, eram acordados e dispensados. Em média, os voluntários queimaram 2.400 calorias nesse dia totalmente sedentário.

A segunda visita à câmara acontecia dois dias depois. O processo era o mesmo, com uma exceção. Às 11h, eles pedalavam numa bicicleta ergométrica durante 45 minutos em alta intensidade.

O exercício em si queimou em média 420 calorias, segundo Knab e seus colegas. Só que o mais interessante eram as calorias gastas depois. Nas 14 horas seguintes, os homens gastaram 190 calorias adicionais, aumentando o gasto calórico em 37%. "Foi uma surpresa." A pesquisadora achava que mais calorias poderiam ser queimadas, mas ela não esperava tantas nem por tanto tempo.

Ela suspeita que um dos motivos desse efeito tão pronunciado se deve ao fato de o exercício ser muito intenso. Os homens passaram por um ciclo de 70% da VO2 max, a quantidade máxima de oxigênio que a pessoa pode inalar durante o exercício --um esforço que os faz respirar forte demais para conversar. E eles precisavam manter essa taxa por 45 minutos.

Um estudo diferente, também usando a câmara metabólica, testou os efeitos do exercício moderado e não constatou a queima adicional. Nesse caso, os voluntários se exercitaram a 50% da VO2 max, nível que ainda permite uma conversação.

Claude Bouchard, cientista do Centro de Pesquisa Biomédica Pennington de Baton Rouge, Louisiana, investigou o efeito pós-exercício com métodos convencionais, usando bocal e protetor nasal ou uma espécie de capuz ventilado, para determinar o oxigênio inspirado e o dióxido de carbono exalado. A partir dessas medidas, os pesquisadores podem calcular as calorias consumidas.

Segundo Bouchard, eles descobriram que quando os exercícios são feitos da forma correta (e muitos não o são), calorias extras são queimadas horas após o esforço --mas somente quando os voluntários se exercitavam com a mesma intensidade e durante o mesmo tempo que as cobaias do estudo de Knab. Caso se exercitassem com intensidade maior ainda, queimariam ainda mais calorias.

Um livro recente que Bouchard e um colega editaram comenta dois estudos que constataram o efeito. Os pesquisadores descobriram que se os voluntários corressem a 70% da VO2 max ou pedalassem a 75% dela, eles poderiam queimar entre 300 e 700 calorias adicionais depois do fim do exercício, embora 700 calorias fossem incomuns.

Não está claro por que calorias extras são queimadas depois de um período de exercício intenso, diz Bouchard. Parte do efeito pode se dever ao metabolismo energético após o exercício --o corpo começa a usar mais gordura e menos carboidratos na sequência de uma sessão forte de exercícios. Vários hormônios liberados durante o exercício permanecem elevados no sangue, acelerando o metabolismo. E as calorias adicionais podem ser consumidas quando o corpo reabastece o estoque de glicogênio, o açúcar armazenado nos músculos. Contudo, de modo geral, o efeito continua um mistério.

Seja qual for a causa, garantem os pesquisadores, as calorias adicionais queimadas após o exercício podem ajudar as pessoas a perder peso.

Infelizmente, quem pode perder maior quantidade de peso talvez sofra mais fazendo o exercício que gera a queima extra.

A diretriz usual para a saúde geral é de 30 minutos de exercício moderado na maior parte da semana, o que é possível para a maioria das pessoas e deve melhorar a saúde cardíaca, mesmo que não queime calorias a mais. Segundo Bouchard, "esse é o tipo de exercício moderado que nós recomendamos esse é o alvo".

Por Gina Kolata
Do "New York Times"

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Prática de atividades físicas age diretamente sobre a capacidade pulmonar

Assunto era controverso na literatura médica desde os anos 1970.
Resultados da pesquisa mostram que o pulmão se adapta ao exercício controlado.
 
Correio Braziliense
 
Está comprovado: o exercício físico melhora, sim, a capacidade pulmonar. Parece evidente, mas uma séria controvérsia sobre a questão perdurava na literatura médica desde os anos 1970. A pendenga acaba de ser resolvida pelo Laboratório de Estereologia da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo. Após estudarem os efeitos das atividades físicas com intensidade moderada em ratos, os pesquisadores constataram uma melhora de até 39% da atividade do pulmão. Notícia boa para sedentários, pacientes de bronquite e ex-fumantes.

Para chegar aos resultados, o estereologista Antônio Augusto Coppi conta que trabalhou com dois grupos de ratos. Os primeiros foram exercitados com 60% da capacidade respiratória em esteira ergométrica uma vez por dia, cinco dias na semana, durante 10 semanas. O segundo grupo ficou sedentário no mesmo período. Segundo o pesquisador, foram selecionados apenas animais com aptidão para a corrida e todos tiveram a mesma dieta.

Após 10 semanas, o pulmão foi analisado pela técnica da estereologia — que analisa as imagens em três e quatro dimensões. “Com a estereologia, é possível estimar o tamanho real e contar o número total das células ou de qualquer partícula, o que permite uma precisão muito maior do que a metodologia anterior, que comumente levava o observador a interpretações equivocadas ”, acredita.

Com contagem exata dos alvéolos e da superfície de troca gasosa do pulmão, Coppi percebeu o aumento de 39% no número de alvéolos pulmonares e mais 39% na superfície de troca gasosa dos pulmões. Essa ampliação da capacidade pulmonar, segundo o professor, se dá pelo aumento da quantidade de alvéolos, que são as microestruturas onde ocorrem as trocas gasosas no sangue e o aumento da superfície de troca gasosa do pulmão.

“Essa modificação melhora significativamente os níveis gerais de oxigenação e diminuem os de CO² no sangue, o que significa melhor desempenho físico em geral”, descreve. Outro resultado encontrado foi no tratamento de diabetes melito dos tipos 1 e 2. Os ratos submetidos ao exercício moderado melhoraram a inervação do pâncreas, órgão diretamente envolvido na doença. “A melhora na inervação no pâncreas pode ser o controle da doença, uma vez que o órgão funcionará melhor”, observa.

Com os resultados, os animais treinados tiveram ainda 49% de acréscimo na pressão de oxigênio, redução de 22% na pressão parcial de gás carbônico e aumento de 3% na saturação de oxigênio. Isso quer dizer que houve um aumento dos níveis gerais de oxigenação e diminuição dos níveis de CO² no sangue. “Isso melhora o desempenho físico geral, inclusive nos esforços”, acredita. Em termos gerais, os resultados da pesquisa mostram que o pulmão se adapta ao exercício controlado. “A notícia é um estímulo a mais para pacientes ex-fumantes, com asma, com bronquite ou sedentários”, acredita.

Caso como o de Sinésio Fabiano da Costa Veras, 32 anos, que fumou cerca de uma carteira e meia de cigarros por dia dos 14 aos 25. Cansado dos problemas, resolveu parar e aliou o exercício físico moderado ao novo hábito. “Corria 5km por dia, por aproximadamente 17 minutos. Me sentia mais disposto”, recorda. Após seis anos sem o cigarro, Veras conta não passar pelos problemas respiratórios até então quase rotineiros, como crises de bronquite, falta de ar, pigarro e tosse. Ele acredita que o exercício, aliado à suspensão do cigarro, o fez melhorar. “Com certeza, a corrida ajudou a desintoxicar e a melhorar a minha resistência pulmonar”, sustenta.

Ressalvas

O pneumologista do Hospital Universitário de Brasília Ricardo Martins conta que a controvérsia na literatura médica sobre os possíveis benefícios para a função pulmonar da prática de atividades físicas é embasada nos resultados de exames realizados em centros de reabilitação. De acordo com ele, há médicos que até defendem a possível melhora da função pulmonar em crianças e adolescentes que realizam programas regulares de atividades físicas. No entanto, o mesmo não se verificaria em adultos. “A atividade física não melhora a medida mecânica pulmonar e o transporte de gases que fazemos na prática médica diária com essas pessoas”, afirma. Para Martins, a atividade física melhora a respiração ao aprimorar a condição cardiovascular e ao estimular a utilização do oxigênio pelas células dos músculos.

Segundo Martins, com os equipamentos usados no hospital, a medida da função pulmonar de pacientes com doenças respiratórias crônicas não melhora, mas o desempenho físico, sim. “Um exemplo: fazemos o teste da caminhada de seis minutos antes e depois de submeter nossos pacientes a exercícios de reabilitação respiratória. O desempenho no teste da caminhada da maioria melhora após seis semanas de treinamento. O mesmo não se dá quando fazemos os testes de função pulmonar”, descreve.

Ele ressalta que existem em todo o mundo muitos centros de reabilitação pulmonar que se valem da esteira ou da bicicleta ergométrica para exercitar os pacientes e não se tem notícia da melhora da função pulmonar nesses indivíduos. De acordo com o especialista, a explicação encontrada é a de que a respiração envolve uma interação entre meio ambiente, cérebro, pulmão, coração, circulação e células. O que deve melhorar nesses pacientes é a condição cardiovascular e o uso do oxigênio pelas células dos músculos. Para Martins, é preciso considerar que o trabalho da USP foi feito em animais de laboratório em condições diferentes das encontradas nos pacientes. O mesmo poderia ser dito da metodologia de avaliação de quantificação dos alvéolos, sustenta.

Para o médico, se os resultados encontrados forem comprovados em seres humanos, seria preciso procurar uma explicação sobre o porquê de uma pessoa submetida a exercício não melhorar sua função pulmonar uma vez que tal atividade aumentaria o número de alvéolo, onde se dá a troca gasosa. “Provavelmente, esse incremento de alvéolos poderia estar ocorrendo em áreas de pouca perfusão sanguínea. Um dos elementos necessários para que a respiração se faça de modo adequado é a ocorrência de uma boa relação entre a ventilação alveolar e a perfusão sanguínea”, opina.

Assim sendo, reforçaria a tese de muitos pesquisadores na área respiratória, que defendem que o tratamento de alguns males pulmonares, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema-bronquite), deve aliar medidas que atuem na ventilação e na perfusão pulmonar. No entanto, o professor Coppi explica que, nos animais estudados, é possível afirmar que existe melhora funcional no pulmão, pois além dos aumentos já citados, a equipe estudou a função do pulmão por hemogasometria e encontraram um aumento da pressão parcial de O² (maior ventilação do pulmão) e uma diminuição da pressão parcial de CO², o que corrobora os achados do aumento do numero de alvéolos e da superfície gasosa. “Existe efeito direto do exercício físico no pulmão, sim”, garante o responsável pela pesquisa.

Por Rebeca Ramos

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tonificação da musculatura protege joelhos contra dores

Principais tipos de dores nos joelhos estão relacionados às lesões dos ligamentos.
Prática de atividade física com foco errado na intensidade é uma das causas.
 
Jornal a Cidade.com.br
Por Maria Fernanda Rodrigues
 
Maior articulação do corpo humano, o joelho é responsável por suportar grandes demandas físicas, não só em atividades como caminhadas, marchas e corridas, mas também em práticas esportivas. Por fazer a ligação entre o quadril e os pés, tem papel importante na mobilidade corporal, viabilizando movimentos extensores e flexores.

"O joelho é constituído principalmente por duas articulações: a patelafemoral e a tibiafemoral, que funcionam em conjunto, permitindo movimentos simples como agachar ou subir e descer escadas. Essas articulações e seus ligamentos que são responsáveis por sustentar grandes impactos durante exercícios físicos, por isso é tão importante mantê-los protegidos de possíveis lesões", explica Everaldo Vasconcelos, fisioterapeuta especialista em ortopedia.

Vasconcelos também coordena o "Grupo do Joelho", formado por alunos de fisioterapia do Centro Universitário Barão de Mauá e que tem como objetivo auxiliar no tratamento de lesões de praticantes de atividade física e afirma que os joelhos estão entre as articulações mais afetadas na prática de atividades esportivas que exigem deslocamentos e mudanças de direção associadas com velocidade. É o caso do futebol, handebol, basquete e tênis.

Os principais tipos de dores nos joelhos estão relacionados às lesões dos ligamentos e lesões relacionadas à prática de atividade física sem um bom condicionamento físico.

"Os riscos de lesão, no entanto, podem ser menores com ações preventivas que abrangem trabalhos de fortalecimento, flexibilidade e de equilíbrio postural", afirma o fisioterapeuta.

Mas, se mesmo com a prevenção ocorrerem lesões durante a prática física, Vasconcelos recomenda a aplicação imediata de gelo no local e posteriormente uma consulta com um médico ortopedista e tratamento com fisioterapia.

Músculos da coxa fortalecidos

Segundo o educador físico Samuel Paião, da clínica Amarunthus, alguns fatores podem favorecer as lesões nos joelhos, como rompimento dos ligamentos, sedentarismo, uso de calçados inadequados, prática incorreta de atividade física e problemas de cartilagem no caso das mulheres, que possuem estrutura corporal diferente dos homens.

"Os joelhos são estruturados de forma a suportarem mais força do que velocidade. Por isso a alta incidência de lesões durante a execução de exercícios que exigem mudança rápida de direção. Exercícios com a finalidade de fortalecer os músculos das coxas são os mais indicados para proteger essas que são as mais complexas articulações do corpo", explica o educador físico.

Para garantir um bom condicionamento aos músculos que protegem os joelhos é preciso dedicação aos exercícios três vezes por semana. O treino deve começar com o aquecimento e priorizar o fortalecimento dos músculos anteriores e posteriores das coxas.

Dicas para um joelho protegido

:: Durante os treinos de musculação, procure exercitar a musculatura posterior e inferior das coxas de maneira equivalente. A descompensação entre as duas regiões aumenta o risco de lesões.

:: Atividades esportivas que exigem deslocamentos bruscos e mudanças de direção associados a alta velocidade estão entre as principais causas de lesões no joelhos.

:: Para manter a articulação saudável e livre de dores, evite usar saltos altos e finos por longos períodos, prefira o uso de tênis com sistema de amortecimento, principalmente durante a prática de atividades esportivas.

:: No caso de lesões nos joelhos, aplique imediatamente no local uma compressa de gelo. Não utilize bolsas de água quente, isso pode agravar a lesão.

:: Procure um ortepedista especialista em articulações e só retome os treinos após liberação médica.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Padrão cerebral de viciadas em comida é o mesmo de dependentes químicos


Pesquisa sugere que cérebros de pessoas viciadas em comida apresentam os mesmos padrões de comportamento que os cérebros de alcoólatras e viciados em drogas.
“Pessoas que apresentam sintomas típicos de dependência ao comer também parecem mostrar o mesmo padrão de atividade cerebral que nós veríamos em outros vícios” afirma a pesquisadora Ashley N. Gearhardt, da Universidade de Yale.
Para os experimentos, cientistas avaliaram 39 mulheres em uma faixa etária média de 21 anos. Todas tinham um índice de massa corporal acima de 28 (acima do peso) e estavam participando de um programa que buscava ajudar pessoas a adquirir e manter um peso saudável.
Elas participaram de diversos testes para que os pesquisadores conseguissem medir o quão viciadas em comida elas eram, e fizeram ressonâncias magnéticas para estudar as mudanças metabólicas que aconteciam no cérebro enquanto as mulheres interagiam com imagens de milkshakes ou tomavam a bebida.
As áreas mais ativadas dos cérebros das mulheres com o vício estavam relacionadas a tomar decisões, controle de comportamento e o relacionamento entre estímulo e respostas. As áreas menos ativadas enquanto elas tomavam o milkshake era a envolvida em inibição de comportamento, mostrando que essas mulheres tinham menos habilidade em controlar suas ações.
Esses resultados levaram os cientistas a concluir que pessoas que mostram comportamentos sintomáticos de viciados ao comer poderiam ser tratadas de forma mais eficiente com programas para vencer vícios, e não programas tradicionais contra a obesidade.

domingo, 10 de abril de 2011

Fisiologista esclarece diferenças de se exercitar na academia e ao ar livre

Especialista em Fisiologia acredita que cada opção tem suas vantagens.
Corrida, ciclismo e natação são apontados por especialista do Hcor.

 

Quando o assunto é exercício físico, muitos rechaçam a ideia de ir para uma academia, fazer musculação ou enfrentar aulas agitadas em turma. Preferem caminhar em um parque, fazer atividades ao ar livre e respirar ar puro. Mas também há os que preferem se exercitar em locais fechados, com a garantia de que o exercício não será atrapalhado por fatores externos.

O especialista em fisiologia do Sport Check-up do HCor, Diego Leite de Barros, acredita que cada opção tem suas vantagens.

— Em locais abertos, os estímulos visuais proporcionados pelo próprio ambiente acabam sendo uma vantagem significativa, principalmente para corredores e ciclistas. As atividades em locais fechados ou academias são interessantes por possuírem estruturas mais completas, maior variedade de atividades e também pela questão climática —, pondera.

Segundo o especialista, em academias as atividades de fortalecimento muscular, aulas de ginástica e suas variações são mais comuns. Já as atividades em parques e outros ambientes abertos são geralmente voltadas para os treinos aeróbicos, como corrida e ciclismo. Além disso, em locais abertos a chuva é um dos principais problemas, além da exposição ao calor e o frio, por isso, roupas leves e muita hidratação são as principais dicas. Vale destacar a qualidade do terreno que se está exercitando, buracos e guias são uma das principais causas de quedas nestes ambientes.

O prazer de se exercitar ao ar livre ou a praticidade de uma academia? Poder controlar todas as variáveis e manter uma prática regular ou a flexibilidade de horários?

Veja quais são as diferenças de praticar natação, corrida ou ciclismo em ambientes fechados ou abertos.

NATAÇÃO

Local fechado: A piscina coberta oferece conforto e segurança ambiental: é possível nadar em qualquer horário e quaisquer que sejam as condições climáticas. No caso da natação, este último aspecto tem um peso até maior do que nas outras atividades. Treinar em locais fechados possibilita uma prática mais regular e constante.

Local aberto: Apesar de estar sujeita a chuvas e trovoadas, a natação em locais abertos costuma ser mais prazerosa. Quando praticada no mar, em rios e em lagos, por exemplo, envolve paisagens motivadoras, contato com a natureza e sensação de aventura. E, mesmo em uma piscina convencional, a luz natural já é o suficiente para produzir estímulos sensoriais mais agradáveis. “O treino em águas abertas é mais indicado para quem quer desenvolver resistência, enquanto a piscina favorece mais o ganho de força muscular”, explica o fisiologista.

CORRIDA

Local fechado: Como em todas as atividades feitas em locais fechados, correr na esteira significa não ter de se preocupar com as condições climáticas. Em épocas de muito frio ou de calor intenso, é mais aconselhável praticar a corrida em ambientes climatizados, especialmente para quem ainda não atingiu um bom condicionamento físico. A esteira representa um impacto menor do que um piso como o asfalto. Porém, como os movimentos são pouco variados, a chance de causar lesão por esforço repetido é maior do que na corrida feita em ruas ou em parques. A possibilidade de controlar o tempo todo variáveis como velocidade, batimentos cardíacos ou inclinação do piso facilita a supervisão do treino.

Local aberto: A luz natural e a diversidade da paisagem fazem com que a corrida ao ar livre seja mais estimulante. Além do prazer, mobiliza algumas funções cerebrais como a concentração e a atenção - na esteira, há mais chance de os movimentos serem feitos de forma mecânica, com pouca consciência do trabalho corporal que está sendo realizado. Em locais abertos, a troca de oxigênio e gás carbônico é maior. Pode ser bom para quem tem problemas respiratórios, mas, em épocas e locais de muita poluição, passa a ser uma desvantagem. Não é recomendável correr quando o sol está forte, mesmo nos horários considerados mais seguros para a exposição ao sol, é indispensável o uso de protetor solar.

CICLISMO

Local fechado: Na bicicleta estacionária, podem ser obtidos bom condicionamento cardiorrespiratório e grande gasto calórico com segurança - não há risco de quedas ou acidentes de trânsito, por exemplo. O ambiente fechado também oferece segurança climática. Porém, é comum o praticante não colocar tensão no pedal, o que pode gerar movimentos de forma desorganizada, aumentando a chance de lesões no joelho. O chamado ciclismo "indoor" pode ser praticado por iniciantes e até mesmo por quem não sabe andar de bicicleta e dispensa equipamentos como capacetes ou óculos.

Local aberto: No ciclismo ao ar livre, o fator vento é determinante. Além de dificultar a pedalada, é um dos responsáveis pela sensação de prazer relacionada a essa atividade. Por outro lado, ventos muito fortes podem ser impeditivos à prática.

Pedalar na rua implica desvantagens climáticas (chuva, frio ou calor excessivos), maior exposição à poluição atmosférica e problemas em relação ao tráfego, principalmente. Estes últimos podem ser contornados quando se pedala em ciclovias ou parques, mas a atividade exige sempre o uso de equipamentos de segurança e requer certo preparo. Andar de bicicleta em espaços abertos exige mais trabalho dos músculos abdominais, fundamentais para manter o equilíbrio do ciclista

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pessoas que têm cachorro se exercitam mais, diz pesquisa

TARA PARKER POPE
DO "NEW YORK TIMES"

Se você procura a última palavra em equipamentos de exercício domésticos, considere algo com quatro pernas e um rabo que balança.
Vários estudos mostram que cachorros podem ser grandes motivadores para que as pessoas se mexam. Seus donos não apenas têm maior tendência a fazer caminhadas regulares como também novas pesquisas apontam que quem anda com um cão é mais ativo de forma geral comparado às pessoas que não possuem um.

Kevin Moloney/The New York Times
O cão Frisco corre a frente do grupo de corrida do dono, no Colorado (EUA)
O cão Frisco corre a frente do grupo de corrida do dono, no Colorado (EUA)

Uma pesquisa descobriu inclusive que as pessoas mais velhas têm maior tendência a fazer caminhadas regulares se o companheiro de passeio for canino em vez de humano.
"Você precisa andar e seu cachorro também", diz Rebecca A. Johnson, diretora do centro de pesquisas da interação homem-animal da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade do Missouri. "É bom para os dois lados da guia".
Na semana passada, pesquisadores da Michigan State University relataram que, entre os donos de cachorros que levavam seus bichos para caminhadas regulares, 60% atendiam ao critério federal de exercícios moderados ou vigorosos. Quase metade das pessoas que caminhavam com seus cães se exercitava uma média de 30 minutos por dia, pelo menos cinco dias na semana.
Em comparação, apenas um terço das pessoas sem cachorro se exercita nessa intensidade.
Os pesquisadores monitoraram os hábitos de exercícios de 5.900 pessoas no Michigan, incluindo 2.170 donos de cães. Eles descobriram que cerca de dois terços das pessoas com cachorro levavam seus animais para caminhadas regulares, definidas como passeios de pelo menos dez minutos.
Ao contrário de outros estudos que analisam caminhadas e o fato de possuir cachorro, este também monitorou outras formas de exercício, buscando responder ao que o principal autor, Mathew Reeves, chamou de pergunta óbvia: se caminhar com o cão "acrescenta uma quantidade significativa de exercícios ou isso simplesmente substitui outro exercício que você teria feito".
Segundo Reeves, professor associado de epidemiologia da Michigan State, as respostas foram animadoras. As pessoas que caminham com seus cães tiveram, no geral, níveis mais altos de atividade moderada e vigorosa do que outros participantes. Além disso, elas tiveram maior tendência de participar de outras atividades físicas no seu período de lazer, como esportes ou jardinagem. Em média, foram cerca de 30 minutos por semana a mais do que quem não possui um cachorro.
Reeves, dono de dois mestiços de labrador chamados Cadbury e Bella, afirma não ter se surpreendido. "Há exercícios que são praticados lá em casa que não seriam feitos de outra forma", diz. "Nossos cães exigem que os levemos para passear às 22h, quando é a última coisa que queremos fazer. Eles não nos deixam em paz até que façam seu passeio".
Mas ter um cachorro não garante atividade física. Alguns donos do estudo não saíam para passear com seus cães e se exercitaram muito menos no geral do que quem caminhava com o cachorro ou não tem o animal.
A prática de passear com o cachorro foi mais predominante entre pessoas jovens e instruídas. Donos com idades entre 18 e 24 anos tiveram duas vezes mais probabilidade de caminhar com seus cães do que aqueles com mais de 65.
Pessoas com nível superior de ensino também tinham o dobro de chances de sair para passear com seus cachorros em comparação àquelas com menos instrução. Animais mais novos saíram mais para passear do que os mais velhos e os maiores (de 20 kg para cima) caminharam maiores distâncias do que os menores.
Os pesquisadores pediram aos donos que não saíam com seus cachorros para que explicassem o motivo. Cerca de 40% disseram que os bichos poderiam correr livres pelo quintal, então não precisavam sair, enquanto 11% dos pesquisados contrataram serviços de passeadores de cães.
Cerca de 9% disseram não ter tempo para sair com o cachorro e outros 9% disseram que os cachorros se comportavam muito mal ao saírem para passear. A idade do cão ou do dono também teve um efeito: 9% das pessoas disseram que o cachorro era velho demais para passear, enquanto 8% disseram ser velhas demais para levar um cão para passear.
"Muito mais passeios poderiam ser feitos", disse Reeves.
E a pergunta que continua é se ter um cachorro incentiva a atividade regular ou se quem é ativo e saudável simplesmente tem maior tendência a adquirir um cachorro como companheiro de caminhadas.
Estudo australiano de 2008, realizado no estado de Austrália Ocidental, trabalhou essa questão quando acompanhou 773 adultos que não tinham cachorro. 92 deles, ou 12% do grupo, haviam adquirido um cão após um ano. Ter um cachorro aumentou o tempo médio de caminhada em cerca de 30 minutos por semana, em comparação às pessoas sem cães.
Porém, em análise mais detalhada, os novos donos de cachorros eram bastante sedentários antes de adquirir o cão, caminhando cerca de 24% menos do que outras pessoas sem o animal.
Os pesquisadores descobriram que uma das motivações para adquirir um cachorro era o desejo de fazer mais exercícios. Antes da aquisição, os novos donos cronometraram uma média de 89 minutos de caminhada semanal, número que aumentou para 130 minutos semanais pelo fato de ter o cão.
Uma pesquisa com 41.500 moradores da Califórnia também analisou os hábitos de caminhada entre donos de cães e gatos, assim como os hábitos de pessoas que não possuíam animais. Donos de cachorros tiveram tendência 60% maior de caminhar por lazer comparados às pessoas que tinham um gato ou nenhum animal de estimação. Isso se traduziu em 19 minutos adicionais de caminhada por semana, em comparação a indivíduos sem cachorros.
Um estudo realizado no ano passado na Universidade do Missouri mostrou que, para fazer exercícios, cães são melhores companheiros de caminhada do que humanos. Num estudo de 12 semanas com 54 idosos numa casa de repouso, alguns selecionaram a companhia de um amigo ou cônjuge para caminhar, enquanto outros tomavam um ônibus diariamente para um abrigo local de animais, onde recebiam um cachorro para passear.
Para surpresa dos pesquisadores, quem caminhou com os cães teve melhora mais acentuada na capacidade física. A velocidade de caminhada entre os que andaram com o cachorro aumentou em 28%, comparado a apenas 4% entre os que passearam com humanos.
Johnson, principal autora do estudo, disse que as pessoas que caminharam com outras pessoas reclamaram do calor e conversaram umas com as outras durante os exercícios, mas aqueles que caminharam com cachorros não apresentaram essas desculpas.
"Eles ajudam a si mesmos ao ajudar o cachorro", disse Johnson, coautora do novo livro "Walk a Hound, Lose a Pound", a ser publicado em maio pela Purdue University Press. "Se temos um compromisso com um cão, isso faz com que nos comprometamos com a atividade física".

quarta-feira, 23 de março de 2011

Treinamento Funcional para Gestantes

     Olá pessoal estou aqui hoje para falar um pouco sobre o treinamento funcional específico para gestantes. Como já sabemos, a prática habitual de exercícios físicos é de extrema importância para a manutenção de nosso corpo, para com isso termos uma vida saudável e com qualidade.
     No período gestacional isso não é diferente, há décadas atrás gestação era tratada quase que como uma doença, a futura mamãe não podia sequer sair da cama. Hoje graças a estudos sobre o assunto já quebramos esse tabu, gestante não só pode, mas deve fazer algum exercício físico, lembrando sempre de algumas precauções básicas antes de começar qualquer programa de treinamento.
     A primeira coisa a se fazer é conseguir a liberação do seu médico. É importante certificar-se que a saúde está em dia para não correr riscos. Após a liberação do médico procure um profissional de Educação Física habilitado para acompanhá-lo.
     Se você é uma pessoa sedentária temos que tomar mais cuidado, você poderá não estar apta ou acostumada com algumas alterações gradativas que acontecerá em seu corpo, principalmente quando aliado as alterações da gravidez. Dessa forma, as grávidas sedentárias precisam de um maior acompanhamento e as mulheres sedentárias que ainda não estão grávidas, mas pensam em algum momento ter filhos, deveriam desde já começar a praticar algum exercício garantindo resultados melhores no futuro.
     Lembrando que com o treinamento funcional, iremos trabalhar a musculatura corporal de uma forma global, priorizando o fortalecimento da região de sustentação corporal como os músculos lombares e abdominais, (importantes para manter uma boa postura, principalmente pelo fato de que perto do final da gestação seu corpo acabará mudando o centro de gravidade e essa região sofrerá mais com o sobrepeso) sendo assim a gestante terá um parto mais tranqüilo, seguro e sadio, como também uma recuperação mais rápida.
     Como sabemos o treinamento funcional prioriza a realização de movimentos básicos do ser humano, como: agachar, levantar, correr, saltar. Juntamente com exercícios que utilizam plataformas de desequilíbrio e bolas, para um maior recrutamento de fibras musculares.
     Portanto os exercícios que realizamos no treinamento funcional são de extrema utilidade, tornando-se mais fácil a realização das atividades do nosso dia a dia.
     Mas como estamos falando de Treinamento Funcional para Gestantes, devido à mudança no centro de gravidade, alteração no tempo de reação e equilíbrio e instabilidade articular, torna os exercícios em bases instáveis desaconselháveis para as gestantes. Alguns exercícios até podem ser adaptados, porém se o mesmo for ser utilizado deve ser feito com muita segurança. Da mesma forma que os exercícios que exigem deslocamentos em várias direções se tornam desnecessários. Os exercícios devem ser realizados em superfícies firmes, estáveis e regulares e assegurar melhor controle da percepção corporal.
     Veja abaixo alguns dos benefícios que o treinamento regular traz para você:
 Menor ganho de peso e gordura corporal;
 Controla os níveis de glicose nas diabéticas e reduz o risco de desenvolver a doença durante a gravidez;
 Diminui o risco de parto prematuro; diminui o tempo de parto e melhora recuperação pós-parto;
 Diminui o risco de depressão e ansiedade, além de contribuir para a melhor auto-estima da mulher;
 Diminui as dores gastrointestinais, que são causadas pela lentidão do sistema intestinal durante a gravidez. O exercício estimula a ação do intestino;
 Atividades no ambiente aquático proporcionam ainda efeito relaxante, principalmente sobre a coluna lombar.
     Os benefícios se estendem também ao feto. Estudos mostram que recém-nascidos de mães ativas apresentavam melhores respostas a estímulos neuromotores nos primeiros cinco dias de vida do que os filhos de mulheres sedentárias (Mcardle; Katch; Katch, 2003).
     Agora que você está informada sobre os benefícios que o treinamento funcional traz a você, visite seu médico e converse com ele sobre o que você pode realizar e busque um acompanhamento especializado para iniciá-la em seu programa de treinamento. Com as precauções tomadas não há porque ficar parada comece já e garanta uma qualidade de vida a você e seu filho.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Mais da metade dos paulistas está acima do peso


Mais da metade dos paulistanos está gordinha. Um estudo feito pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, entrevistando 250 pessoas no final de 2010, mostra que 59,4% da população de São Paulo está acima do peso.
Dos que já procuraram auxílio médico, 18% foram classificados como obesos, sendo 60,8% de homens e 39,2% de mulheres. De acordo com Pesquisa do Orçamento Familiar, divulgada no final de 2010, o sobrepeso atinge hoje 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. Além disso, 30% das crianças entre 5 e 9 anos de idade e cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos também sofrem com problemas de peso.
Número de obesos dobrou em 20 anos
Especialistas dizem que as causas que levam mais da metade da população a estar acima do peso estão vinculadas ao estilo de vida, que apresenta alto consumo energético, excesso de gorduras saturadas e trans, muito sal e tudo isso aliado a pouca atividade física.
A Sociedade de Endocrinologia considera a obesidade o maior problema de saúde pública da atualidade, onde o número de obesos dobrou em 20 anos, o que gera diversos problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e aumento do triglicérides e colesterol.

terça-feira, 15 de março de 2011

Alongar antes de correr não previne contusões.

Pesquisa chega à conclusão que alongamento é perda de tempo. Mas quem já faz o exercício deve manter o hábito

Fazer alongamento antes de correr não previne nem causa contusões, segundo um estudo divulgado na reunião anual da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos (AAOS).

O estudo foi feito com 2.729 pessoas que corriam 16 km ou mais por semana. Os corredores foram divididos aleatoriamente em dois grupos: 1.366 se alongavam antes de correr e 1.363 não faziam qualquer tipo de alongamento. O primeiro grupo alongava as pernas entre três e cinco minutos logo antes da corrida.

“Nós descobrimos que o risco de contusão foi o mesmo para homens e mulheres, e não houve diferença entre faixas etárias e distância percorrida”, disse Daniel Pereles, autor do estudo e cirurgião ortopédico. Mas corredores mais velhos ou mais pesados e que haviam tido contusões nos últimos quatro meses ficaram mais suscetíveis a contusões.

Segundo o estudo, as pessoas mais propensas a sofrer contusões são as que têm um histórico de lesões crônicas ou tiveram alguma lesão recente; maior índice de massa corporal ou que costumavam alongar e passaram a não fazer o alongamento antes de correr.

As lesões mais comuns contatadas no estudo aconteceram na virilha, nos calcanhares e no joelho.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Descubra aqui o jeito mais moderno e inteligente de se exercitar e melhor… sem rotina!

O que é o Treinamento Funcional?
É um programa de condicionamento físico que tem como objetivo preparar o indivíduo para desempenhar melhor suas atividades, sejam diárias ou esportivas, ou seja, tudo que ele precisa para ter uma vida melhor e mais saudável. Onde o treinamento é aplicado de forma individualizada alcançando assim melhores resultados a seus praticantes.
Dessa forma ele possibilita uma preparação para a execução de movimentos mais eficientes (aumento de desempenho) e a prevenção de lesões, tornando o corpo mais inteligente nesse processo, e fazendo acessível a qualquer indivíduo as estratégias de condicionamento usadas pelos melhores atletas do mundo.

Quais são as vantagens dos Exercícios Funcionais?
Ganho de Força e Massa Muscular, Emagrecimento, Condicionamento Físico e Aprimoramento da Postura desenvolvendo de forma equilibrada todas as capacidades físicas como: Equilíbrio, Força, Velocidade, Coordenação, Flexibilidade e Resistência são possíveis pela prática regular de um programa de Treinamento Funcional.
O Exercício Funcional trabalha corpo e mente, tonifica os músculos e proporciona equilíbrio corporal e emocional. Você precisa ter atenção a todos os seus movimentos, o treinamento exige concentração. E o maior ganho é com o passar do tempo, em sua velhice você terá maior controle de seus movimentos.

AGENDE SUA AULA E APROVEITE A EVOLUÇÃO DO TREINAMENTO!
 
 (AULAS INDIVIDUAIS E PERSONALIZADAS)


    THIAGO JULIÃO DE MORAES
Personal Trainer CREF Nº074342-G/SP

Tel: (11) 9915.7030